“Tudo o que o brasileiro quer, é ser feliz”. Isto é o que dizem por aí. Nas ruas, nas conversas sociais...Vende-se esta idéia em todo o lugar. Mas será mesmo? Ou será que tudo o que se quer é que continuemos assim? O que é verdade e o que é mentira neste verdadeiro “muído” de informações que entram e saem a todo o instante? Se você olha para o contexto universitário, fala-se em conspirações midiáticas, dominatórias e tudo o mais. Mas a discussão é tão prolixa, e as pessoas a pegam tão pela metade que é impossível dizer ao certo quem merece a primeira chama de oposição. Tenho uma postura claramente apolítica e a cultivava com certo orgulho, algo como que vinculado ao meu atestado de incorruptibilidade. Mas, ultimamente tenho pensado se esta minha postura é realmente a melhor para mim e para os demais. Sim, para os demais, por que não? Não se trata de achar que sou melhor do que ninguém ou coisa do tipo, e se trata sim de buscar algo como amadurecimento; passar da mera vontade a algo mais concreto no que concerne a fazer a sua parte. Não vivemos em um país tido como uns dos melhores pra se viver, embora eu o ache sim, pela comunidade internacional e há outros países com um padrão de vida bem mais confortável. Mas me sinto ligado ao meu país, amo-o e desejo-lhe o melhor e para todos os que o habitam.
Então, não chegou realmente a hora de se fazer o que é necessário? Ainda não pensei em mim engajado nos extremos como a política, tal idéia me enche de dúvidas e asco, mas buscar formas melhores de fazer o que, de certa forma, já faço. Não adianta guardar minhas concepções políticas e humanistas para mim, e me revoltar quando as situações já estão dadas. Trata-se de começar a botar a boca no trombone mesmo, como diz o meu avô. Muitos já me convocaram para isto, ao que me neguei veementemente. Mas agora não mais. Está na hora da psicologia entrar em mais este campo de atuação. Temos que parar com estas idéias de falso altruísmo relativas à abstração do psicólogo quanto que ao direito de escolha dos indivíduos que se utilizam de nós para qualquer que seja o objetivo. Se a psicologia tem muito a dizer nas áreas de relações humanas, não caberia a nós buscarmos um maior engajamento na criação de um pensamento político mais consciente e autônomo? É consenso entre teóricos, e demais envolvidos, que sim.
Contudo, sinto pouco a ser comentado e visualizado nesta temática. Aqui, como em muitas outras situações dentro da psicologia, lamentavelmente o discurso é diferente da prática. Então vamos em busca de uma práxis mais atuante. Se não atua ainda, vamos por meio das conversas que temos com todos, vamos por meio do nosso voto “praticar psicologia”, discutindo política e evitando a prática fatalista de correr de tais assuntos como o diabo foge da cruz (isto se faz como psicólogos e como brasileiros, é costume nacional); e votando com ética, com atitude e passar a ostentar nossas convicções e que elas se reflitam no nosso cotidiano, cobrando e não se esquecendo em quem votou.
Não tenho convicções ideológicas rígidas, não pretendo ser político e não busco aqui uma visão romantizada destas coisas. Sou realista, me considero pé no chão, mas acho convictamente que cada ato nosso pode mudar a realidade. Acredito que um homem pode fazer a diferença (a história está aí para confirmar).
Então como psicólogos ou estudantes de psicologia que somos, vamos levar às pessoas formas de atuação que perpassem as importâncias de um voto consciente e que realmente seja um voto voltado para os nossos interesses. Como agentes da saúde mental, busque-mos o bom funcionamento do “eu político” que anda tão mal das pernas ultimamente. Temos que facilitar a compreensão, nossa e dos demais, que a política vai além das promessas não cumpridas, dos esquecimentos, das insensibilidades com os problemas da população, que vai além do horário eleitoral gratuito. Muitas vezes me pego relembrando acerca de algumas falas de Florestan Fernandes, e um dizer dele reproduzido por alguns dos meus colegas tem me recorrido a memória com mais intensidade nos últimos tempos, por se referir ao que tento explanar aqui:
"Ou os estudantes se identifam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso serão aliados daqueles que exploram o povo".(Florestan Fernandes)
Então, não chegou realmente a hora de se fazer o que é necessário? Ainda não pensei em mim engajado nos extremos como a política, tal idéia me enche de dúvidas e asco, mas buscar formas melhores de fazer o que, de certa forma, já faço. Não adianta guardar minhas concepções políticas e humanistas para mim, e me revoltar quando as situações já estão dadas. Trata-se de começar a botar a boca no trombone mesmo, como diz o meu avô. Muitos já me convocaram para isto, ao que me neguei veementemente. Mas agora não mais. Está na hora da psicologia entrar em mais este campo de atuação. Temos que parar com estas idéias de falso altruísmo relativas à abstração do psicólogo quanto que ao direito de escolha dos indivíduos que se utilizam de nós para qualquer que seja o objetivo. Se a psicologia tem muito a dizer nas áreas de relações humanas, não caberia a nós buscarmos um maior engajamento na criação de um pensamento político mais consciente e autônomo? É consenso entre teóricos, e demais envolvidos, que sim.
Contudo, sinto pouco a ser comentado e visualizado nesta temática. Aqui, como em muitas outras situações dentro da psicologia, lamentavelmente o discurso é diferente da prática. Então vamos em busca de uma práxis mais atuante. Se não atua ainda, vamos por meio das conversas que temos com todos, vamos por meio do nosso voto “praticar psicologia”, discutindo política e evitando a prática fatalista de correr de tais assuntos como o diabo foge da cruz (isto se faz como psicólogos e como brasileiros, é costume nacional); e votando com ética, com atitude e passar a ostentar nossas convicções e que elas se reflitam no nosso cotidiano, cobrando e não se esquecendo em quem votou.
Não tenho convicções ideológicas rígidas, não pretendo ser político e não busco aqui uma visão romantizada destas coisas. Sou realista, me considero pé no chão, mas acho convictamente que cada ato nosso pode mudar a realidade. Acredito que um homem pode fazer a diferença (a história está aí para confirmar).
Então como psicólogos ou estudantes de psicologia que somos, vamos levar às pessoas formas de atuação que perpassem as importâncias de um voto consciente e que realmente seja um voto voltado para os nossos interesses. Como agentes da saúde mental, busque-mos o bom funcionamento do “eu político” que anda tão mal das pernas ultimamente. Temos que facilitar a compreensão, nossa e dos demais, que a política vai além das promessas não cumpridas, dos esquecimentos, das insensibilidades com os problemas da população, que vai além do horário eleitoral gratuito. Muitas vezes me pego relembrando acerca de algumas falas de Florestan Fernandes, e um dizer dele reproduzido por alguns dos meus colegas tem me recorrido a memória com mais intensidade nos últimos tempos, por se referir ao que tento explanar aqui:
"Ou os estudantes se identifam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso serão aliados daqueles que exploram o povo".(Florestan Fernandes)
V!
Link artigo sobre militância política: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=ADOLEC&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=201667&indexSearch=ID
Link livro Florestan Fernandes: http://www.4shared.com/file/59784192/109b95be/Florestan_Fernandes_-_A_Sociologia_de_Durkheim.html
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